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Com a IA generativa lançada em vários produtos e serviços gratuitos nos últimos meses, como ChatGPT, a evolução tecnológica se tornou uma corrida em que a linha de chegada é criar recursos mais inteligentes, descomplicados e criativos que o ser humano. Saiba como as assistentes virtuais se encaixam nesse cenário futurista!
As assistentes virtuais são softwares que utilizam IA para entender a linguagem humana, responder a perguntas e executar tarefas. Alexa, Google Assistant e Siri são modelos programados para atender comandos de voz ou texto.
Por outro lado, recursos como ChatGPT e Bard são modelos que usam um outro tipo de inteligência artificial, a IA generativa. Isso os possibilita a criar conteúdos semelhantes à produção de um humano, tal como textos e imagens, em resposta a uma ampla gama de prompts e perguntas do usuário.
A necessidade de um banco de dados gigantesco é comum a todos eles. Já as diferenças entre assistente virtual e IA generativa podem ser vistas em 3 aspectos:
As assistentes virtuais têm uma arquitetura mais complexa que combina várias tecnologias de Inteligência Artificial, como processamento de linguagem natural (NLP), reconhecimento de voz, aprendizado de máquina e integração com serviços externos.
Os modelos de linguagem, como o GPT-3, aprendem padrões de linguagem a partir de grandes quantidades de dados e podem gerar respostas coerentes e contextuais com base nas entradas fornecidas. No entanto, eles não têm a mesma especialização e integração que as assistentes virtuais possuem.
2. Interação
As assistentes virtuais geralmente se comunicam com os usuários por meio de comandos de voz e fornecem respostas em áudio ou texto. Enquanto os modelos de linguagem que usam IA generativa recebem e entregam conteúdo em texto.
O objetivo principal das assistentes virtuais é simplificar as interações do usuário com dispositivos e serviços. Já os modelos de linguagem realizam essa mesma função de modo mais versátil e cumprindo tarefas mais complexas, como a estruturação de um planejamento financeiro.
Em resumo, as assistentes virtuais são projetadas para tarefas específicas, como pedir para Alexa tocar uma música, pesquisar na internet com o Google Assistant ou fazer uma chamada com a ajuda da Siri. No caso da IA generativa, os resultados correspondem a tarefas mais gerais.
As infinitas possibilidades de uso da IA generativa mostrou como as assistentes virtuais do momento precisam se atualizar para acompanhar a evolução tecnológica e manter-se competitivas no mercado.
Mas a tarefa não é fácil e nem rápida de ser feita! Segundo John Burkey, ex-engenheiro da Apple, atualizações simples na Siri exigia a recriação do banco de dados inteiro, o que levaria até seis semanas.
Quando se trata de implementar recursos mais complexos, aumente o prazo para doze meses. "Isso significava que não havia jeito de a Siri se tornar uma assistente criativa como o ChatGPT", afirmou.
Outra barreira a ser vencida na corrida da IA é como gerar receita para suas donas. A Apple conseguiu resolver essa questão integrando a Siri nos seus dispositivos para alavancar as vendas do iPhone. Amazon e Google ainda têm bastante dificuldade nesse sentido.
Em 2020, um executivo do Google chamado Prabhakar Raghavan assumiu o comando do assistente virtual da empresa e fez grandes mudanças no projeto. O novo foco era ser um recurso chamativo para smartphones Android – uma "leve" semelhança com o projeto da Apple.
No entanto, com as demissões em massa para cortar custos em meio a incerteza econômica gerada pela pandemia, a Google mandou embora 16% de seus engenheiros e a Amazon perdeu cerca de mil pessoas que trabalhavam na equipe Alexa.
Como resultado, o atraso no desenvolvimento de funções mais complexas e intuitivas nas assistentes virtuais mais consumidas no mundo. Agora as big techs precisam correr atrás do tempo perdido.
Se queremos assistentes virtuais mais criativas e personalizadas, então, sim, o futuro é IA generativa. A possibilidade de chatbots e assistentes de voz convergirem é grande, ainda mais quando estudamos as facilidades que ambos podem nos ofertar para uma vida mais simples e conveniente, seja em casa, no trabalho ou no lazer.
Essa é a visão que Dave Limp tinha desde 2021. Como vice-presidente sênior de dispositivos e serviços da Amazon, ele disse à CNN que o objetivo era usar inteligência artificial “para criar esse grande assistente pessoal”.
“Estamos usando todas as formas de inteligência artificial há muito tempo, mas agora que vemos o surgimento da IA generativa, podemos acelerar essa visão ainda mais rápido”, ressaltou Limp.
Na prática, a intenção é ter uma Alexa que aprenda a ter conversas mais naturais de acordo com os interesses e preferências do usuário. Em contrapartida, o desafio que assombra empresas como OpenAI e Google também é uma preocupação para as equipes desenvolvedoras das assistentes virtuais: como garantir a confiabilidade das informações geradas e evitar alucinações?
A diretora geral de Alexa no Brasil, Talita Taliberti, falou sobre isso durante um evento de lançamento de novos produtos da empresa no país.
Ela explicou que a intenção é fazer com que a assistente virtual continue a construir uma relação de confiança com os consumidores e traga informações atuais e relevantes com transparência sobre as fontes utilizadas.
Pelo jeito, o surgimento da IA generativa parece ser o impulso que faltava para acelerarmos a jornada de criar meios para um diálogo mais humano com máquinas integradas que sabem replicar nossa linguagem fluida e criativa.
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